quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Onde aprendemos sobre nossa história?

Onde aprendemos sobre nossa história?



 Aprendemos tudo e o Todo que nos cerca na Família. Aprendemos a falar a língua materna, coisa incrível para uma criancinha, aprendemos andar, correr e depois até de skate conseguimos deslizar... ops!


Ainda, e não me canso de ficar admirada!, o aprendizado da fala é algo tão complexo... simbolizamos ( vinculamos ) um som a uma imagem . Só isso  (e olhe que não é pouco não) já bastaria para ficarmos admirados e desconfiados de tanta capacidade de apreensão de conhecimento.
Claro que dentro desse universo familiar também aprendemos outras coisas. 





“Coisinhas” que marcam profundamente Alma de cada um de nós pois estão profundamente marcadas na Alma da família.
Apropriadamente, Franz Ruppert, professor de Psicologia, Universidade Católica de Munique(Alemanha) , nos ensina como apreender a definição de Alma:




“Defino a alma como aquela força que liga o que pertence a um grupo de seres e o delimita de outro. Uma alma comum inclui assim, conjuntos de seres humanos e delimita-os. Cria o sentimento de pertença.”




Então o relacionamento-aprendizado de cada um com os membros de seu grupo dá o signo da pertença àquele grupo. A Alma do grupo baliza o pensar, o sentir e as percepções de seus integrantes.

Hellinger afirma ser por conta desse sentimento e da necessidade de pertencer ao grupo familiar que surge a boa e a má consciência.
Traduzindo: nos sentimos “do bem” quando agimos dentro do estabelecido na família. Somos “do mal” quando descumprimos as normas dela.




Daí, aparece aquela “COISINHA” chamada de culpa. E ela aparece quando?
Bem, aparece quando tentamos romper o VÍNCULO da pertença ao grupo familiar. Aparece quando tentamos outra compreensão de bem e de mal, de certo errado diferente da prática estabelecida naquele grupo.
Talvez, por isso, pensemos, ideológicamente, que o nosso grupo além de diferente dos outros é melhor...


Vou deixar essa provocação com vocês, meus queridos e fieis dois leitores!



Com carinho e com afeto, ou como preferem : com gratidão e reverência,



virminha.


todas as imagens são do google imagens.



domingo, 25 de janeiro de 2015

lembranças de um tempo distante


Sou professora!

Sou professora!

Penso que já nasci assim e.....
Daquilo que me lembro ensinei, de modo primeiro, às minhas bonecas. Elas eram alunas exemplares, explico: eu as colocava lado a lado (de verdade eram só duas é que eu emprestava uma de minha irmã) e elas ficavam tão quietinhas que na minha inocência de criança imaginei que era eu que ensinava bem. 

Cresci. Fui também à escola. Lá, algumas, de minhas professoras gostavam muito que eu ficasse como eram minhas bonecas- alunas: quieta e de boca fechada. Olhos atentos e corpo domado em carteiras enfileiradas. Eu não conseguia ser assim. Eu queria o que não podia: aprender e ensinar tudo junto. Eu devia mesmo ser impossível. 



Depois tive muitos outros professores. Alguns fizeram maravilhas em minha vida. Outros nem tanto. Desses até esqueci os nomes e mesmo a disciplina que ensinavam, ou não ensinavam!... 
Gosto mesmo é de um professor super titulado que não deixava ninguém de exame. Era o máximo. A sala de aula dele era concorridíssima e duvido, ainda hoje, que qualquer de seus alunos deixe de comparecer as aulas. Aquilo é que era sucesso. Hoje, percebo certo sucesso quando ouço os alunos me dizerem que gostam de minhas aulas, que eles aprendem e mudam o comportamento que tinham perante o mundo só por causa delas... ah! Não, não, é bem assim! É mais que isso: eu ensino sobre os métodos da ciência e elas e eles continuam  ensinado-me sobre a alegria da descoberta do mundo que nos rodeia. 




Sucesso é quando uma pessoa percebe que a educação permite que se viva melhor. O acesso a outro idioma, a apreciação de uma obra de arte, a resolução de uma equação matemática revelam-nos nossas habilidades intelectuais e como resultado sentimos alegria. 

É de uma simplicidade angelical, não é mesmo? Mas quem de nós esquece a sensação boa que temos quando conseguimos elaborar o texto final de uma monografia? 

Sucesso ocorre quando uma aluna vai até a casa da gente e nos conta que a folha de resposta da prova realizada no dia anterior ficou com ela e nos afirma categoricamente que não alterou nadinha do que já havia escrito. E insiste dizendo que somente desse modo honesto é que ela poderia relacionar-se comigo como aluna e como futura professora.
Aceitei a folha de resposta dessa aluna. Ela, naquele dia, ensinou-me, e eu aprendi que o sucesso é acreditar na dignidade de cada um de nós.





Com  muita admiração e respeito aos meus professores e professoras  ... vocês tem um lugar em meu coração!



vilma toneloto.



*** todas as imagens são do Google Imagens.