Orientando Terapeutas Em Constelação Familiar Sistêmica

Orientando Terapeutas Em Constelação Familiar Sistêmica

Anotações de estudo

Depois de termos visto como montar uma constelação (*) é bem interessante observarmos as orientações de Bert Hellinger àqueles que trabalham com as constelações, ou seja, os consteladores!

De modo geral, quando começamos estudar uma nova teoria queremos que ela seja suficientemente consistente para apoiar a prática, certo? E com a Constelação Familiar acontece isso também.

Lembro-me de procurar padrões de configuração que me ajudasse a compreender de imediato o que estava ocorrendo nas constelações que assistia quando estava no início do meu treinamento em constelação familiar. Fui observando que esses padrões acontecem sim! Entretanto, e aí é que está a sutileza dessa teoria, apesar de alguns padrões repetirem-se... não podemos afirmar com segurança total que quando acontece  “X” numa relação configurada pelo cliente,  a dinâmica oculta será sempre “Y” e a solução disponível será sempre “Z”.

Percebi que esses “padrões repetitivos” são hipóteses, possibilidades de solução, que precisam ser testadas no cenário em que ocorrem e não devem ser tomadas como sendo  conclusões previamente estabelecidas.

Assim, vale a sugestão de Hellinger:

 “Norma prática geral: os terapeutas devem trabalhar no pressuposto de que cada constelação é única e exige uma única solução, a qual só se pode descobrir por meio de um diálogo sensível com os participantes.” (p.259).

Então, para quem está nesse caminho sem fim de tornar-se consteladora ficam os primeiros passos, abaixo, elencados:

1) A imagem de solução na constelação familiar precisa ser encontrada dentro da própria constelação. Ela surge a partir do que se vê nela mesma, nas imagens (rearranjo através das Ordens do Amor, lembra...) que vão aparecendo em seu desenrolar.

Sem criar e nem inventar nada. Nadica de nada! Certo?

2) Buscar por aqueles que foram os excluídos e os esquecidos do sistema familiar, e que na maioria das vezes continuam a influenciar o sistema. Entre eles encontramos os que foram agressores, os que caluniaram, os que foram desprezados, os que fracassaram em seus empreendimentos.

Saber que esses excluídos quando trazidos à luz do sistema familiar restauram a Ordem que é a condição básica para que o Amor possa fluir por todas as partes... como água que escorre da montanha, sem empecilhos que a impeçam de chegar ao mar.

3) Perceber quando interromper a constelação?

Pare a constelação quando perceber que o cliente não está concentrado no que está ocorrendo no cenário a sua frente.

Quando a equipe de representantes estiver dispersa.

4) Agora, atenção, a chave desse post  ( segredo secretíssimo ).

O segredo de como ser uma consteladora exitosa!!!!!

Estude sempre, busque a solução que se apresenta ali, naquele contexto... se estiver complexo demais é hora de mudar o roteiro.

Procure o menor número possível de pessoas para representar a questão de seu cliente.

Preste atenção nos representantes e confie neles. 

Confie em suas percepções como consteladora.

Finalmente,

Busque a simplicidade, seja simples!

Por hoje é só!

Com gratidão e reverência,

                     vilma toneloto.

 Para saber mais

Hellinger, Bert. A simetria oculta do amor. 6ª. Edição- São Paulo : Cultrix, 2006, 317p.

http://constelacaocriativa.blogspot.com.br/2017/05/como-escolher-um-tema-para-constelar.html

(*) (http://constelacaocriativa.blogspot.com.br/2018/02/montando-constelacao-com-representantes.html)

*Todas as imagens estão no Google Imagens.

O que acontece numa Constelação Familiar?

                               Constelação Familiar Sistêmica

Interessante essa situação:  a gente vai pensando que todo mundo já sabe o que é e de repente depara-se com a pergunta : o que é isso de constelar?

Mistério profundo!

E saibam que essa pergunta me foi feita por alguém que já participou, e participa de repetidas oficinas de constelação familiar.

Vamos lá: “Cantando espalharei por toda parte,

Se a tanto me ajudar o engenho e arte” .

Sabemos que a “Constelação Familiar”,sistematizada por Bert Hellinger,  é um método  que permite-nos ver quais as dinâmicas que estão em ação dentro de uma família, e como essas dinâmicas promovem as dificuldades que acontecem entre seus integrantes o que por consequência mantém o problema.

Então, através desse método é possível reorganizar e dar uma nova ordem aos integrantes do sistema em questão. Fazemos isso quando valemo-nos das frases de cura, ou do reposicionamento nos lugares adequados a cada um que pertence ao sistema.

 Vejamos o que nos ensina o próprio Hellinger:

“Aprender a Constelação Familiar segundo Hellinger significa aprender uma abordagem completamente nova em relação ao desconhecido. A Constelação Familiar segundo Hellinger não é nem um ofício nem um método. Ela é uma caminho, uma passagem para um outro plano, um outro nível de consciência. Ali todas as perguntas encontram o seu caminho e sua resposta. (...)O resultado de uma constelação indica um novo caminho e leva adiante, para muito além do pensamento e dos desejos. No entanto o constelador precisa ser capaz de suportar, e deixar o cliente suportar, o resultado de uma constelação.”(www2.hellinger.com/pt/pagina/constelacao-familiar/constelacao-familiar-de-acordo-com-hellingerr/)

O que acontece numa Constelação Familiar?

Bem, vejamos de modo bem didático.

Para que a constelação se inicie são necessários:

a) O Constelante – aquele que traz sua questão para constelar;

b)  Os Representantes – aqueles que são escolhidos entre os presentes (na aula/no grupo) e que “representarão” as pessoas ou os eventos implicados no problema do constelante.

c) A Consteladora :   aquela que  coordena os trabalhos durante a constelação.

 Começamos, então:

A  constelante senta-se ao lado da consteladora e conta em breves  palavras a questão que traz para ser configurada.

Depois disso e de acordo com o tema convida algumas pessoas para serem os representantes desse tema.

Logo após  “escolher os representantes” a constelante posiciona  cada um deles, relacionandos-os entre si.... ( onde ? ora,ora,ora.... no espaço livre da sala!)

E a pergunta preciosa, para alguém como você, que está seguindo atentamente essa leitura: o que fazem os representantes a partir de agora?

 Resposta: Apenas e tão somente perceber quais a mudanças que acontecem em seu próprio corpo , ou em suas emoções e moverem-se, ou não, de acordo com essas percepções.

A partir disso, a Constelação vai se desenvolvendo e cabe à Consteladora observar os movimentos que se apresentam e orientá-los com as frases curadoras, e/ou com o reposicionamento espacial com vistas a uma imagem de solução mais adequada ao momento.

É nessa fase que a Constelação ganha vida! 

Cabe à consteladora observar as dinâmicas que ali aparecem. E quando necessário coordenar as mudanças dos representantes, sempre levando em conta as leis  do Amor que fundamentam essa abordagem: Pertencer; Ter/Estar em seu lugar próprio; Dar e Receber equilibrados.

 

Resumindo e destravando:

Constelação Familiar é  um método baseado nas descobertas do alemão Bert Hellinger, que coloca pessoas que estão presentes no grupo para representar membros da família ou do grupo social de quem traz uma questão para ser vista.

Ficou facinho, facinho.

Ficamos por aqui,

Com gratidão e reverência a todos os que me ensinaram sobre Constelação Familiar! 

E a você que chegou até aqui, muito obrigada.

                                                     

até mais!

(***Todas as imagens são do Google Imagem.)